Obama e Bush se encontram na África e homenageiam vítimas de ataque

Há 15 anos, atentado da Al-Qaeda contra a embaixada americana matou 10 tanzanianos

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Por Redação
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DAR ES SALAAM, TANZÂNIA - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu antecessor, George W. Bush, estiveram lado a lado na Tanzânia nesta terça-feira, 2, durante uma homenagem às vítimas de um atentado da Al-Qaeda contra a embaixada americana nesse país há 15 anos, ataque que prenunciou a atual expansão da presença militar do país africano.

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Obama e Bush abaixaram as cabeças em silêncio diante do memorial de pedra construído na nova embaixada, homenageando os dez tanzanianos que morreram e as 85 pessoas, entre locais e americanos, que ficaram feridas no atentado de 7 de agosto de 1998. Os dois políticos, de partidos rivais, conversaram rapidamente com os sobreviventes, mas pouco interagiram entre si.

A cerimônia ocorre num momento em que os EUA ampliam sua participação na luta contra militantes islâmicos da África. Washington apoia as forças africanas que tentam estabilizar a Somália e o Mali, mantém instrutores militares em vários países africanos, compartilha informações e já atacou militantes com aviões teleguiados.

Os 5 mil militares dos EUA presentes na África representam o maior contingente americano no continente desde a fracassada intervenção na Somália, há duas décadas.

No mesmo dia do atentado na Tanzânia, a Al-Qaeda também realizou uma explosão na embaixada dos EUA no Quênia. Esses atentados são hoje vistos como precursores dos ataques em 11 de setembro de 2001, que desencadearam as invasões americanas no Afeganistão e Iraque, ordenadas por Bush.

Desde que assumiu o cargo, em 2009, Obama tenta encerrar esses conflitos e promover uma recuperação da economia, após uma crise que os democratas atribuem às políticas de Bush. Os republicanos, por sua vez, dizem que as ações do presidente não têm contribuído para o crescimento.

Durante sua atual viagem por três países africanos, Obama tem feito elogios ao seu antecessor, que é muito popular na África especialmente por causa dos programas de combate à Aids que seu governo promoveu./ REUTERS

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