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Obama e Cameron pedem saída de Kadafi, da Líbia, e Saleh, do Iêmen

Líderes dos EUA e do Reino Unido defenderam revoltas; Obama falará ao Parlamento em Londres

Atualização:

Obama e Cameron se cumprimentam após coletiva de imprensa em Londres

 

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LONDRES - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disseram nesta quarta-feira, 25, que apoiam os movimento democráticos no Oriente Médio. Em uma coletiva de imprensa conjunta em Londres, Obama disse que o presidente do Iêmen, Ali Abdallah Saleh, deve sair "imediatamente".

 

Veja também:especialMapa: A revolução que abalou o Oriente Árabe

 

Saleh chegou a anunciar que cederia, mas recuou na última hora e não assinou um acordo para deixar o poder. O Iêmen, a exemplo de outros países da região, enfrenta protestos populares.

 

Cameron, por sua vez, disse que ele e o presidente dos EUA estão "comprometidos" a apoiar "aqueles que lutam por liberdade" no mundo árabe. O premiê britânico se referiu ao ditador líbio Muamar Kadafi, dizendo que ele "deve sair" do poder. EUA e Reino Unido integram as operações da Otan (Organização da Aliança do Atlântico Norte) na Líbia.

 

Obama descartou o envio de tropas por terra à Líbia para enfrentar o regime de Kadafi e afirmou que "não há prazos artificiais" para colocar fim a missão da Otan. Ele também afirmou que com as operações da aliança será criado "o impulso suficiente para que inevitavelmente Kadafi se veja obrigado a abandonar o poder".

Paquistão

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Na coletiva, ocorrida durante a viagem de uma semana do presidente americano pela Europa, Cameron parabenizou Obama por sua "coragem e liderança" na luta contra o terrorismo. O presidente americano afirmou que admira a coragem dos manifestantes em lutar por seus direitos, pela liberdade e democracia.

 

"Podemos derrotar a Al-Qaeda", disse ainda Cameron, ressaltando que o trabalho em conjunto com o Paquistão é importante na luta contra as organizações terroristas. O premiê procurou acalmar a tensão criada na relação entre Washington e Islamabad depois que o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, foi morto no Paquistão.

 

Na ocasião, Cameron disse que os países aliados dos EUA e do Reino Unido devem trabalhar com o Paquistão "mais próximos que nunca", em vez de virar as costas para o país árabe. Segundo ele, o Paquistão sofreu na luta contra o extremismo. "O inimigo deles (do Paquistão) é nosso inimigo", disse.

 

Reunião do G8

 

Segundo o presidente americano, ele vai discutir com o G8 maneiras de apoiar a transição para a democracia nos países da região. Desde o início das revoltas nos países do norte da África e Oriente Médio, dois ditadores já caíram - Zine Ben Ali, da Tunísia, e Hosni Mubarak, do Egito.

 

Obama se reunirá na França, entre quinta e sexta-feira, com líderes do G8 (o bloco dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia). Ele viaja a Paris ao concluir a visita a Londres.

 

Com Efe

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