
17 de novembro de 2009 | 09h29
A China, por exemplo, opôs-se à crescente onda de protecionismo nos EUA. "Eu enfatizei ao presidente Obama que, nas atuais circunstâncias, os dois países precisam se opor e rejeitar o protecionismo em todas as suas manifestações com uma postura ainda mais firme", disse Hu.
Ele repetiu o argumento de que "as condições nacionais" da China são diferentes das dos EUA e, portanto, adota posições diferentes - o que costuma ser usado para conter os pedidos para que o país asiático assuma os ideais norte-americanos sobre direitos humanos.
E, de fato, Obama repetiu a avaliação de que todas as pessoas compartilham direitos humanos fundamentais e pediu que a China retome o diálogo com o líder espiritual tibetano, o dalai-lama, considerado pelos chineses como separatista. Os pronunciamentos encerraram a parte mais substancial da primeira visita de Obama à China, que continua hoje com um passeio turístico e um jantar formal. Nenhum acordo histórico foi fechado no encontro - nem se esperava isso - e nenhuma grande iniciativa foi anunciada.
''Futuro coletivo''
Os dois lados emitiram um comunicado conjunto que resumiu o conteúdo das conversas e as posições sobre pontos chave. "Nós nos encontramos em um momento em que o relacionamento entre Estados Unidos e China nunca foi mais importante para nosso futuro coletivo", afirmou Obama, durante a aparição conjunta para a imprensa. "Os grandes desafios do século 21 afetam as duas nações."
Hu parece ter concordado, afirmando em seu pronunciamento que "os dois lados chegaram a um amplo e importante acordo" sobre pontos essenciais. Ambos concordaram em trabalhar mais para a recuperação econômica global, para conter as ambições nucleares do Irã e para um resultado bem sucedido das negociações de mudanças climáticas na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague. Eles também prometeram continuar com numerosos órgãos de trabalho e melhorar as relações militares.
Obama colocou forte ênfase no programa nuclear do Irã. Ele declarou - algo que Hu não fez - que "neste momento, as duas nações estão unificadas". O presidente norte-americano também disse que, se o Irã não provar que seu programa nuclear é pacífico, "haverá consequências".
Visita
Hoje, os dois países anunciaram que Hu Jintao fará uma visita oficial aos Estados Unidos em algum momento do próximo ano a convite de Obama. O comunicado não cita nenhuma data específica para a viagem. As informações são da Dow Jones.
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