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Obama e McCain lembram vítimas do 11 de Setembro

Candidatos democrata e republicano suspendem campanha e, juntos, [br]homenageiam os mais de 3 mil mortos do maior atentado contra os EUA

Por AP , Reuters e Nova York
Atualização:

No sétimo aniversário dos ataques do 11 de Setembro, os rivais John McCain e Barack Obama suspenderam ontem a troca de acusações na campanha presidencial para prestar homenagens às vítimas do atentado. Numa rara aparição conjunta, eles visitaram o Marco Zero, em Nova York, onde terroristas atacaram as Torres Gêmeas e mataram quase 3 mil pessoas. Cristina Pecequillo analisa os EUA pós-11/9 Veja linha do tempo dos ataques terroristas Reunidos no local do World Trade Center, o republicano e o democrata apertaram as mãos e cumprimentaram policiais e bombeiros durante a cerimônia em memória às vítimas. Os dois candidatos à Casa Branca também colocaram flores em um memorial e fizeram um minuto de silêncio. McCain e Obama haviam concordado em suspender a campanha ontem e não veicular anúncios de suas candidaturas durante todo o dia. Após a visita ao Marco Zero, os dois se dirigiram, separadamente, a outras cerimônias para lembrar o 11 de Setembro. O republicano McCain foi a um ato de homenagem aos que morreram em Shanksville, na Pensilvânia, onde um dos aviões seqüestrados pelos terroristas caiu, quando passageiros tentaram retomar o controle do Vôo 93 da companhia United, cujo alvo, acredita-se, era o prédio do Congresso. "Nenhum americano deve esquecer a demonstração de heroísmo que ocorreu no céu acima desse campo, em 11 de setembro de 2001", disse o republicano, antes de ler os nomes dos passageiros mortos. O democrata Obama também homenageou as vítimas do avião que caiu na Pensilvânia: "Nunca nos esqueceremos dos atos heróicos dos nossos bombeiros, policiais, socorristas e daqueles que sacrificaram suas vidas no Vôo 93 para proteger seus compatriotas americanos." O democata também ressaltou que a ameaça dos extremistas permanece. "Não nos esqueçamos de que os terroristas do 11 de Setembro ainda estão soltos e precisamos levá-los a julgamento. Temos de derrotar as redes terroristas." Uma pesquisa da rede de TV CNN divulgada ontem mostrou que a ameaça terrorista é o quarto assunto mais importante para os eleitores americanos, atrás da economia - escolhida por mais da metade dos consultados -, a guerra no Iraque e o sistema de saúde dos EUA. AS NOVAS FACES DA AL-QAEDA Ficha limpa Shehzad Tanweer, britânico, um dos suicidas dos ataques ao sistema de transporte de Londres em 2005, que deixou 52 mortos. Inaugurou o conceito de "terrorista ficha limpa", pois era bom aluno, atleta, tinha muitos amigos e nenhum histórico de violência Europa convertida A belga Muriel Degauque foi a primeira mulher européia a realizar um ataque suicida, em Baquba, no Iraque. Católica, ela se converteu ao Islã após lutar para se livrar das drogas e casar-se com um muçulmano. Ocidentais convertidas preocupam os governos europeus Jihadista de internet Entre 2005 e 2006, o indiano Kafeel Ahmed teve uma bem-sucedida carreira de engenheiro na Escócia. Em 2007, explodiu um jipe no aeroporto de Glasgow. A fonte para essa mudança foi a internet, de onde baixou discursos de Bin Laden e manuais para fazer bombas Mulher-bomba Com apenas 15 anos, Rania foi detida antes de detonar os explosivos que trazia junto ao corpo na Província de Diyala, no Iraque. Rania virou símbolo de uma nova ameaça no Iraque: as mulheres-bombas. Traumatizadas, elas são alvo de cooptação de terroristas

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