PUBLICIDADE

Obama elogia aprovação de tratado de armas nucleares pelo Senado

Acordo foi descrito pelo presidente como o mais importante em quase 20 anos no setor nuclear

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou a decisão do Senado americano de ratificar um tratado de armas nucleares com a Rússia. Obama disse que o acordo, que prevê a redução dos arsenais dos dois países em um terço, é o mais importante em quase 20 anos no setor nuclear.

 

 

Os contrários à aprovação argumentavam que o tratado representa um risco para a segurança nacional americana, porque daria aos russos informações fundamentais sobre a estratégia de defesa do país. Após meses de discussões no Senado, o Start (sigla em inglês para Tratado de Redução de Armas Estratégicas) foi aprovado por 71 votos contra 26. Treze republicanos acabaram sendo convencidos pelos democratas, especialmente após todos os ex-secretários de Estado de ambos os partidos declararem apoio ao acordo. "Este significativo voto bipartidário no Senado manda uma importante mensagem para o mundo de que Republicanos e Democratas se unem em nome de nossa segurança", disse o presidente Obama. Em um comunicado divulgado após a votação, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que "uma parceria responsável entre as duas maiores potências nucleares do mundo que limita nossos arsenais mantendo a estabilidade estratégica é fundamental para promover a segurança global". Segundo analistas, a ratificação vai ser vista como um trunfo de Obama na área de política exterior. Aprovação na Rússia A decisão também foi elogiada pelo presidente da Rússia, Dmitri Medvedev. Agora, o tratado precisa ser aprovado pelo Parlamento russo. O presidente da Duma, Boris Gryslov, disse que a Câmara Baixa pode conseguir aprovar o acordo na próxima sexta-feira caso o texto não tenha sido modificado pelos americanos. O tratado 'New Start', que vai substituir o antigo Start (Strategic Arms Reduction Treaty, ou Tratado de Redução de Armas Estratégicas), foi assinado pelos presidentes Obama e Medvedev em abril deste ano. O documento limita o arsenal nuclear dos dois países a 1.550 ogivas nucleares posicionadas - um corte de cerca de 30% em relação ao limite fixado oito anos atrás. O acordo também vai permitir que cada lado possa inspecionar visualmente a capacidade nuclear do outro, com o objetivo de verificar quantas ogivas estão dentro de cada míssil. Além disso, haverá limites obrigatórios para o número de ogivas e mísseis que podem ser usados em terra, em submarinos ou em aeronaves.

 

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.