Obama endurece tom com o regime cubano

Presidente americano diz que Cuba perdeu chance de inaugurar uma era de respeito às liberdades e aos direitos humanos

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Por Reuters e Efe
Atualização:

WASHINGTONO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem o fim da repressão, a libertação de todos os presos políticos e o respeito aos direitos humanos em Cuba. Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama qualificou os últimos eventos em Cuba, como a morte após greve de fome do preso político Orlando Zapata e a repressão à Damas de Branco ? o grupo de mulheres, mães e irmãs de dissidentes detidos ? de "profundamente preocupantes"."Esses acontecimentos destacam que em lugar de abraçar a oportunidade de entrar em uma nova era, as autoridades cubanas continuam respondendo às aspirações do povo cubano com o punho cerrado", destaca a nota da Casa Branca."Uno minha voz a dos indivíduos valentes de toda Cuba e a um crescente coro no mundo que pede o fim da repressão e a imediata e incondicional libertação de todos os prisioneiros políticos e pelo respeito dos direitos básicos do povo cubano", acrescentou.Obama lembrou por meio do comunicado que, no ano passado, seu governo deu passos para buscar uma nova era nas relações com o governo cubano. Entre outras medidas, Washington levantou algumas restrições para a transferência de dólares e aliviou a proibição das viagens de cubanos que vivem nos EUA para visitar seus parentes na ilha . "Sigo comprometido a apoiar o simples desejo do povo cubano para determinar livremente seu futuro e obter os direitos e liberdades que definem o continente americano, que deveriam ser universais para todos os seres humanos", garantiu o presidente americano.Após uma semana de protestos e repressão por parte dos agentes do governo, as Damas de Branco encerraram no fim de semana sua série de manifestações em Havana. O regime cubano acusa as mulheres de ser "mercenárias" e "pontas-de-lança da subversão promovidas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos".Ao mesmo tempo, o jornalista dissidente Guillermo Fariñas, internado na UTI de um hospital em Santa Clara, informou ontem à agência EFE que prosseguirá com sua greve de fome pela libertação de seus colegas opositores que cumprem penas por crimes de consciência. A manifestação solitária de Fariñas completou ontem um mês e promete ir às últimas consequências com seu protesto. /

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