Obama faz sua primeira visita ao Afeganistão como presidente

Líder americano não estaria satisfeito com governo de Hamid Karzai.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente americano, Barack Obama, chegou neste domingo ao Afeganistão para sua primeira visita ao país desde que assumiu a presidência dos EUA. Obama encontrou-se com o presidente afegão, Hamid Karzai, na capital Cabul e disse que o convidou para visitar Washington em maio. O líder americano afirmou desejar ver progressos nas iniciatiavs do governo afegão para combater a corrupção e o tráfico de drogas. Obama deve ainda falar com militares americanos. Em dezembro, autorizou a ida de outros 30 mil soldados ao país embora poucos destes tenham de fato chegado ao Afeganistão até agora. Simbolismo Em uma entrevista de imprensa coletiva, Karzai agradeceu Obama pelo apoio americano e disse esperar que a parceria entre os dois países continue. Por motivos de segurança a visita de Obama ao país foi programada para durar poucas horas, não foi anunciada previamente e Karzai foi avisado apenas uma hora antes, segundo o correspondente da BBC em Cabul Martin Patience. Embora curta, a visita é cheia de simbolismos, segundo Patience. Esta foi a primeira visita de Obama ao Afeganistão nos 14 meses desde que assumiu a presidencia americana, período no qual ele praticamente dobrou a quantidade de soldados dos EUA no país. Patience diz que Obama permanece insatisfeito com a forma como o Afeganistão está sendo governado e pretende expressar esse sentimento pessoalmente, diz Patience. A relação entre o governo americano e o afegão atravessou turbulências no ano passado durante as polêmicas eleições do ano passado no Afeganistão. O conselheiro para Segurança Nacional dos EUA, general James Jones, disse que Obama esperava ajudar Karzai entender que "neste segundo mandato, existem certas coisas que ele deve fazer como presidente para combater coisas que não foram lidadas até hoje". "Coisas como um sistema de nomeações para cargos governamentais baseado em mérito, combater a corrupção, o narcotráfico que alimenta muito da insurgência", disse ele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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