19 de maio de 2011 | 00h00
Depois de meses evitando adotar uma posição mais dura com o regime sírio, o presidente americano, Barack Obama, impôs ontem sanções unilaterais a Bashar Assad e outras seis autoridades do governo sírio. Por meio de ordem executiva, Obama bloqueou bens que eles possam ter nos Estados Unidos e em instituições americanas.
No decreto, Obama afirma que tomou a decisão por causa da escalada da violência contra o povo da Síria. Nos últimos dois meses, o regime lançou ataques contra manifestantes, e prendeu ativistas políticos que pedem mudanças democráticas. Além de Assad, estão na lista seu vice-presidente, primeiro-ministro, integrantes do serviços de inteligência e militares.
A medida tem caráter mais simbólico, já que Assad e os outros membros de seu governo não têm investimentos nos EUA. Segundo analistas, o objetivo é mostrar ao regime sírio que, desta vez, as relações com a Síria não devem se normalizar como ocorreu em crises passadas.
"As ações são uma mensagem inequívoca para o presidente Assad e membros de seu regime, dizendo que eles serão considerados responsáveis pela violência e repressão na Síria", disse em comunicado o subsecretário para Terrorismo David Cohen.
Outro membro do governo americano disse a repórteres, sob condição de anonimato, que Assad deve escolher entre liderar a transição para a democracia e deixar o poder.
A Síria já é alvo de sanções econômicas dos Estados Unidos desde 2004 por seu envolvimento em questões domésticas o Líbano e por apoiar o grupo radical palestino Hamas e o libanês Hezbollah, considerados terroristas pelo Departamento de Estado.
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