Obama pede a Putin para aceitar termos de solução diplomática para Ucrânia

Termos do acordo proposto preveem que a Rússia recue as tropas para suas bases na Crimeia

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira ao presidente russo, Vladimir Putin, para aceitar os termos de uma solução diplomática para a crise na Ucrânia, em um telefonema que durou uma hora.

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Na segunda conversa deles por telefone em seis dias, Obama enfatizou a Putin que a incursão russa na Ucrânia era uma violação da soberania ucraniana e da integridade territorial do país, de acordo com a Casa Branca.

Durante a ligação, Obama delineou os termos de uma "saída" diplomática que as autoridades norte-americanas estão promovendo.

Os termos do acordo preveem que a Rússia recue as tropas para suas bases na Crimeia, permita que monitores internacionais acessem a região para garantir que os direitos dos russos sejam respeitados e consinta conversas diretas com autoridades da Ucrânia.

"O presidente Obama indicou que há uma maneira de resolver a situação diplomaticamente", disse a Casa Branca em um comunicado.

Mais cedo, em pronunciamento, o presidente dos EUA afirmou ser "ilegal" a convocação de um referendo pelo Parlamento da Crimeia para que a população decida se o território continuará a fazer parte da Ucrânia ou será reincorporado à Rússia.

Segundo Obama, o referendo convocado para 16 de março viola tanto a constituição ucraniana quanto as leis internacionais. Pouco antes, líderes da União Europeia (UE) emitiram nota classificando a decisão da Crimeia de "ilegal".

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Em breve pronunciamento na Casa Branca, Obama disse ainda que qualquer discussão referente ao futuro da Ucrânia precisa contar com a participação do governo "legítimo" do país e pediu ao Congresso americano que vote logo um pacote de ajuda econômica a Kiev. "Toda discussão sobre o futuro da Ucrânia deve incluir o governo legítimo em Kiev."

Para o presidente americano, as fronteiras europeias não podem ser redesenhadas e os mediadores internacionais não podem ser impedidos de entrar na Ucrânia./Reuters e AP

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