Obama pede mais US$ 83 bilhões para guerras

Presidente diz ao Congresso que suplemento será usado nas operações no Iraque e Afeganistão

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Por Associated Press e WASHINGTON
Atualização:

O presidente americano, Barack Obama, pediu ontem ao Congresso um adicional de US$ 83,4 bilhões para as operações diplomáticas e militares dos EUA no Iraque e Afeganistão, pressionando por um fundo especial para as tropas ao qual ele se opôs dois anos atrás quando era senador e George W. Bush, presidente. O pedido de Obama, que inclui verbas para enviar milhares de soldados ao Afeganistão, deve ampliar o custo com as duas guerras para cerca de US$ 1 trilhão desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso. Obama também está pedindo US$ 350 milhões em novos fundos para ampliar a segurança ao longo da fronteira com o México e para combater o narcoterrorismo, além de mais US$ 400 milhões para o combate à insurgência no Paquistão. "Cerca de 95% desses fundos serão usados para respaldar nossos soldados, enquanto eles ajudam as pessoas no Iraque a assumir a responsabilidade por seu futuro e trabalham para derrotar e desmantelar a Al-Qaeda no Paquistão e Afeganistão", disse Obama na carta com o pedido de verba adicional, enviada à presidente da Câmara, Nancy Pelosi. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, reconheceu que Obama criticou Bush por usar uma legislação especial similar para pagar as guerras. Mas ele disse que, agora, a breve liberação do dinheiro é muito necessária. "Será o último fundo suplementar para Iraque e Afeganistão. O presidente tem discutido sobre como esse processo foi usado nos últimos anos e ele será alterado", disse Gibbs. Em junho, o Congresso aprovou US$ 66 bilhões antecipados do orçamento de 2009 para operações militares. O Pentágono receberá US$ 142 bilhões em fundos de guerra do orçamento que se encerra em 30 de setembro. O pedido de verbas adicionais feito por Obama deve ser facilmente aprovado pelo Congresso, que é controlado pelos democratas.

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