Obama pede que Forças Armadas mantenham 'pressão' sobre a Síria

Presidente reiterou que não vai enviar tropas ao país e que não procura uma campanha bélica de longo alcance como as do Iraque e do Afeganistão

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Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira em discurso à nação que pediu às Forças Armadas que mantenham a "pressão" contra o regime de Bashar al Assad e que continuem preparadas para "responder" perante um possível ataque militar na Síria.

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"As Forças Armadas americanas não andam com panos quentes. Um ataque limitado enviará a Assad uma mensagem que nenhuma outra nação pode dar", advertiu Obama.

Obama, que pediu ao Congresso americano autorização para lançar um ataque militar "limitado" contra a Síria, reiterou que não vai enviar tropas a esse país e que não procura uma campanha bélica de longo alcance como as do Iraque e do Afeganistão, nem sequer uma campanha de bombardeios prolongada, como as de Kosovo e Líbia.

"Seria um golpe dirigido a conseguir um objetivo claro: dissuadir do uso de armas químicas e degradar as capacidades de Assad", enfatizou.

Além disso, Obama considerou que é "cedo demais" para determinar se dará resultado a proposta russa para que o regime sírio ceda o controle de seu arsenal químico à comunidade internacional, mas que é importante tentar.

"É cedo demais para determinar se esta oferta terá êxito e qualquer acordo deve verificar se o regime de Assad cumpre seus compromissos", disse Obama durante um discurso de 15 minutos no Salão Leste da Casa Branca."Mas esta iniciativa tem o potencial de eliminar a ameaça das armas químicas sem o uso da força, particularmente porque Rússia é um dos mais firmes aliados de Assad", destacou o líder.

Obama disse que seu secretário de Estado, John Kerry, se reunirá na quinta-feira com o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, enquanto ele continuará suas próprias discussões sobre uma saída à crise síria com o presidente Vladimir Putin.

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O presidente americano acrescentou que, após consultas com a França e o Reino Unido, os EUA trabalharão estreitamente com a Rússia e a China para tramitar uma resolução perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas que obrigue Assad a desarmar-se e a destruir essas armas químicas sob controle internacional.

Obama reconheceu que a ideia de um possível ataque militar "não será popular", mas insistiu que a comunidade internacional não pode permitir o futuro uso de armas químicas que encoraje regimes como o do Irã e ponha em risco a segurança no Oriente Médio. EFE

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