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Obama pede reunião com líderes da Unasul

Por Lisandra Paraguassu , com Reuters e AP
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu uma reunião com os governantes dos 12 países-membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), informou ontem o governo brasileiro. Um funcionário americano que pediu para não ser identificado confirmou a informação, mas não comentou a agenda da reunião. O encontro entre Obama e os líderes da Unasul deve ser realizado na manhã de sábado, durante a 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que se inicia amanhã e vai até domingo. Segundo o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva; o colombiano, Álvaro Uribe; e a chilena, Michele Bachelet, já confirmaram presença. Espera-se que outros presidentes também compareçam. Lula considerou positiva a vontade de Obama de conhecer seus interlocutores regionais pelos próximos anos, mas afirmou que faltaria tempo para reuniões individuais com cada mandatário. "Para não demorar vários dias em reuniões bilaterais e conhecer seus sócios no continente, Obama se reunirá com os presidentes da Unasul de um lado, com os do Sica (Sistema de Integração Centro-Americano) de outro, e com os do Caricom (Mercado Comum do Caribe)", disse Lula. Em Washington, o chanceler do Chile, Mariano Fernández, afirmou que os temas discutidos durante o encontro serão amplos. "Esperamos tratar de todos os temas presentes na agenda do hemisfério, na agenda da relação dos Estados Unidos com a América Latina", disse Fernández após se encontrar com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Segundo Garcia, o Brasil vai usar a reunião com Obama para pedir um melhor tratamento para Cuba e tentar incluir o país na Organização dos Estados Americanos (OEA). "Lula reiterou a importância que Cuba terá na reunião não para criar um constrangimento para os Estados Unidos, mas para mostrar que a ausência de Cuba na reunião das Américas é uma anomalia e precisa ser corrigida", disse. Na cúpula, Lula falará durante a segunda plenária, que tratará de segurança energética.

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