WASHINGTON - O presidente americano, Barack Obama, prometeu às Damas de Branco, um dos grupos de dissidentes cubanos mais relevantes, que discutirá com o presidente da ilha comunista, Raúl Castro, temas relacionados à liberdade de expressão e de reunião durante sua visita à ilha caribenha entre os dia 20 e 22.
Em carta enviada no dia 10 deste mês, Obama elogiou a luta das Damas de Branco, que marcham semanalmente para protestar contra o governo cubano, e defendeu sua política de buscar a normalização das relações com Havana.
"Levamos a sério as preocupações de vocês", disse Obama na carta, lida pela líder do grupo, Berta Soler, para dezenas de membros da grupo e outros partidários reunidos domingo, 13, em um parque de Havana.
"Apresentarei estas questões diretamente ao presidente (Raúl) Castro", prometeu Obama, que chamou o grupo dissidente de "uma inspiração para o movimento de direitos humanos em todo o mundo".
Para Berta, a carta do presidente americano "é muito importante porque reconhece que em Cuba não existem avanços materiais nos direitos humanos". A líder do grupo opositor detalhou que escreveu em 28 de janeiro para Obama "expondo preocupação porque nada havia mudado em Cuba".
O respaldo dos EUA aos dissidentes é uma das principais fontes de tensão antes de chegada de Obama à ilha, na primeira visita oficial de um presidente americano a Cuba em quase 90 anos. Para Havana, todos os dissidentes são "mercenários" e "contrarrevolucionários". / EFE e REUTERS