Obama promete ação contra piratas

Anúncio é feito após resgate dramático de capitão americano

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Por AP
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O presidente americano, Barack Obama, prometeu ontem que os EUA agirão para impedir o crescimento da pirataria no Golfo de Áden, na região do Chifre da África, e anunciou que a Marinha do país está "preparada para o confronto". Mais informações O anúncio foi feito um dia depois da libertação do americano Richard Phillips, capitão do navio dinamarquês Maersk Alabama, mantido refém de piratas somalis por quatro dias na região. Phillips foi libertado anteontem pelas forças especiais da Marinha dos EUA em uma operação que terminou com três piratas mortos e um capturado. Autoridades americanas disseram que os militares que monitoravam o sequestro a bordo do destroier Bainbridge decidiram disparar contra os três piratas que estavam num bote salva-vidas depois que um deles apontou um fuzil AK-47 para as costas do refém. Os piratas foram mortos com apenas três disparos de atiradores de elite. Um quarto sequestrador foi detido. "Eu quero deixar bem claro que estamos dispostos a impedir o aumento da pirataria na região", disse Obama, que autorizou a operação de resgate. "Para alcançar essa meta teremos de continuar a trabalhar com nossos aliados para evitar outros ataques." O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse que o combate à pirataria será uma das prioridades do governo. "Gastaremos muito tempo ao longo das próximas semanas tentando definir o que finalmente faremos a respeito desse problema." A indústria da pirataria marítima na costa da África movimenta cerca de US$ 80 milhões por ano em pagamentos de resgate. O somali Abdi Garad, suposto chefe do grupo de piratas mortos na ação, prometeu intensificar os ataques. "Da próxima vez que um americano for pego, não esperem piedade", disse.

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