Obama quer abordagem agressiva para clima

Ao lado de Al Gore, presidente diz que aquecimento é assunto urgente e de segurança nacional

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Por Reuters , Efe e Chicago
Atualização:

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, encontrou-se ontem com o ex-vice-presidente americano Al Gore em seu escritório político, em Chicago. Após a reunião, Obama disse que o aquecimento global é "uma questão de urgência e de segurança nacional". "Esse tema deve ser tratado de maneira séria", disse o presidente eleito, ao lado de Gore e Joe Biden, seu vice. Obama afirmou também que está disposto a trabalhar com democratas e republicanos, empresários e consumidores para tentar um consenso sobre uma abordagem "ampla e agressiva" sobre o problema. Segundo a equipe de transição, Obama e Gore discutiram as políticas ambientais e energéticas do futuro governo e como elas poderiam estimular a economia. O encontro provocou especulações de que Gore pudesse ser convidado para algum cargo , o que não ocorreu. "Al Gore não queimaria tanto carbono ao viajar para Chicago apenas para conversar", disse um amigo do ex-vice à CNN. Vice de Bill Clinton, Al Gore concorreu à presidência em 2000, quando perdeu para George W. Bush em uma disputa decidida na Suprema Corte. Desde então, tornou-se um dos principais ativistas ambientais a lutar contra as mudanças climáticas e o aquecimento global. Sua atuação lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz, em 2007. Gore faturou também um Oscar por seu documentário Uma Verdade Inconveniente. De acordo com analistas, sua presença no governo traria credibilidade à política ambiental de Obama. Durante a campanha, o presidente eleito disse que gostaria de tê-lo no governo, mesmo que fosse como "conselheiro informal". Para tentar afastar os rumores de que estaria negociando cargos, assessores de Gore garantiram que ele não pretende voltar a ser governo. "Ele serviu por 30 anos na Câmara, no Senado e na vice-presidência. Agora, sua vocação é conscientizar os americanos sobre a crise climática", afirmou Kalee Kreider, porta-voz de Gore. De acordo com conselheiros do presidente eleito, os dois costumam conversar regularmente.

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