Obama reafirma retirada em 2011

Em reunião com premiê iraquiano, presidente elogia avanço realizado

PUBLICIDADE

Por AP , AFP e EFE E REUTERS
Atualização:

O presidente dos EUA, Barack Obama, garantiu ontem que, apesar da contínua violência no Iraque, todas as forças de segurança americanas seguirão o cronograma de retirada e deixarão o país até 2011. Durante reunião em Washington com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, Obama ressaltou os avanços de Bagdá, afirmando que o governo do país assume cada vez mais responsabilidades. "Estamos muito animados com o progresso alcançado", disse Obama. No entanto, ele ressaltou que o Iraque ainda não está totalmente fora de perigo e alguns militantes continuam matando inocentes e realizando ataques. O presidente americano negou que Washington tenha interesse em manter bases militares no Iraque e afirmou que os EUA não farão nenhuma reivindicação de recursos de petróleo ou de território iraquiano. A viagem de Maliki aos EUA ocorre três semanas depois de os soldados americanos terem se retirado das cidades do Iraque. Com a visita, o premiê busca reafirmar a soberania iraquiana e incentivar o investimento estrangeiro no país. Maliki também usará o tempo nos EUA para pedir o fim das sanções impostas pela ONU, que obrigam o Iraque a pagar 5% da renda que obtém com a venda de petróleo como reparação pela Guerra do Golfo. Obama afirmou que apoia o fim das sanções, mas Maliki ainda terá de convencer os outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Rússia, China, França e Grã-Bretanha. "Prometemos cooperar com o Iraque para livrar o país das sanções que lhe foram impostas após a Guerra do Golfo", declarou Obama, em entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado de Maliki. "Já disse que continuar a prejudicar o Iraque por causa dos pecados cometidos por um ditador derrubado é um erro." Maliki, por sua vez, reiterou seu compromisso com o desenvolvimento de instituições sólidas no Iraque e com uma verdadeira divisão de poder entre sunitas, xiitas e curdos. "O Iraque é agora uma democracia, e não mais uma ditadura", disse Maliki. "Trabalharemos duro para impedir que surja qualquer comportamento sectário no país."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.