Obama responde às ameaças de retaliação

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Por AE
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que a proposta para que a Síria entregue o seu arsenal de armas químicas representa um "avanço potencialmente positivo", que poderia ajudar a evitar que os Estados Unidos promovessem uma intervenção militar na Síria. O líder norte-americano ainda respondeu às ameaças de retaliação acaso vá em frente com a decisão de intervir militarmente na Síria.A proposta ganhou força depois que a Rússia, aliada go governo síria, pediu ao presidente do país Bashar Assad que entregasse o arsenal. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, ofereceu ajuda para supervisionar a destruição das armas químicas sírias.Ele declarou-se "cético" em relação à possibilidade de o governo sírio realmente entregar seu arsenal, mas afirmou preferir uma solução diplomática a uma ação militar contra Damasco.Os comentários foram feitos à NBC e levados ao ar no início da noite de hoje em meio a uma série de entrevistas concedidas a diversas emissoras norte-americanas de televisão.Já à CNN, Obama disse que não quer manobras diversionistas e que, em caso de ataque, preferiria cumprir o objetivo de promover uma ação limitada contra a Síria. Ainda segundo ele, o exército sírio não possui meios críveis de representar uma ameaça aos EUA.Sobre o trâmite no Congresso de uma resolução sobre uma ação militar contra a Síria, Obama mostrou-se receoso. "Não diria que estou confiante" na aprovação do ataque, comentou.Obama disse também que ainda não decidiu o que fará se o Congresso não aprovar a resolução e assegurou que leva "muito a sério" a posição dos congressistas e a opinião dos norte-americanos sobre a possibilidade de um ataque à Síria.O presidente respondeu às ameaças de retaliação caso os Estados Unidos promovam um ataque contra o regime Assad. O próprio presidente sírio afirmou em uma entrevista à Charlie Rose da PBS que os norte-americanos devem esperar represálias. Obama afirmou à CNN que o regime de Assad não representa uma ameaça credível aos EUA."Assad não tem muita capacidade. Ele tem capacidade em relação a sua oposição que ainda está se organizando e que não é composta por lutadores profissionais treinados", disse Obama. Além disso, ele disse que os aliados de Assad, como o Irã eo Hezbollah, poderiam atacar embaixadas americanas no exterior, mas afirmou que o país já sabia lidar com este tipo de ameaça.De acordo com Obama, o objetivo de levar a votação para a intervenção na Síria adiante tem como objetivo garantir que as armas químicas não serão utilizadas novamente pelo governo sírio. "Se pudermos alcançar este objetivo sem intervenção militar e de maneira diplomática, seria melhor" disse Obama, revelando sua preferência por uma negociação diplomática."Se existem maneiras de resolvermos a situação de modo que as armas químicas não sejam utilizadas em solo sírio, estaremos satisfeitos", afirmou Obama à PBS NewsHour. "Vamos prosseguir neste caminho diplomático. Esperamos que isso possa ser resolvido de uma forma diplomática, sem ação militar", completou.O líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Harry Reid,optou por adiar a votação sobre a resolução que autorizaria a intervenção na Síria."A discussão internacional continua em relação ao assunto na Síria", disse Reid no plenário do Senado. "Eu não acho que nós precisamos ver o quão rápido podemos fazer isso. Temos que ver como podemos desenvolver a intervenção", completou. Reid adiou a votação para ouvir a proposta russa sobre o controle internacional das armas químicas da Síria.Pesquisas divulgadas hoje revelaram que a maioria dos norte-americanos é contra o envolvimento direto do país na guerra civil síria. Fonte: Associated Press, Dow Jones Newswires e Market News International.

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