
22 de março de 2009 | 16h15
Christina Romer, uma importante assessora econômica de Obama, disse que o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, vai usar parte do que restou dos US$ 700 bilhões do Tarp para estimular investidores privados, incluindo grandes fundos de hedge, a comprar os ativos ruins e mantê-los até o sistema financeiro se recuperar. O governo ofereceria bilhões de dólares em empréstimos, com juros reduzidos, para financiar a compra desses ativos. Também dividiria com os compradores os riscos de uma desvalorização ainda maior desses papéis. Romer disse ainda que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e o Federal Deposit Insurance (órgão garantidor dos depósitos dos correntistas) também injetariam mais dinheiro, mas não disse o quanto.
Romer disse que este é apenas mais um passo do governo no sentido de retirar o país da caos econômico. Ela disse não esperar que o mercado tenha a mesma reação que teve quando Geithner expôs as linhas iniciais do projeto, no mês passado. Na ocasião, as ações registraram forte queda com o desapontamento dos investidores com a falta de detalhes do plano. Obama também está se preparando para uma entrevista coletiva na terça-feira, oportunidade em que vai tentar retomar a ofensiva em sua ambiciosa agenda. Obama quer usar a pior crise econômica desde a Grande Depressão como um meio de reformar saúde, energia, educação e política tributária.
Mas Obama pode enfrentar dificuldades para ser ouvido, já que o Congresso está concentrado na discussão sobre como taxar os bônus dos funcionários da AIG e sobre a previsão de que o orçamento de Obama pode gerar déficits de até US$ 9,3 trilhões ao longo de uma década. "Eu vejo que há aqueles que pensam que esses planos são muito ambiciosos de se atingir", disse Obama neste fim de semana, via rádio e internet. "Para eles eu digo que há desafios que são grandes demais para ignorar. Eu não vim até aqui para passar os problemas para o próximo presidente ou para a próxima geração. Eu vim aqui para resolvê-los", afirmou. As informações são da Associated Press.
Encontrou algum erro? Entre em contato