O líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se reunirá hoje na Casa Branca com o presidente americano, Barack Obama, em uma tentativa de Washington fortalecer o palestino e incorporá-lo à estratégia dos EUA para o Oriente Médio. Seja qual for a iniciativa de paz que Obama vislumbra para a região, ela envolve a aposta que Abbas conseguirá superar uma extensa lista de problemas, reunificar a política palestina e sustentar o seu lado em qualquer barganha. Obama fez do avanço do processo de paz no Oriente Médio uma prioridade e já se reuniu com o premiê israelense, Binyamin Bibi Netanyahu, e com proeminentes líderes árabes. O presidente americano viaja ao Egito na semana que vem para um discurso em que mostrará a nova abordagem dos EUA para a região. Segundo críticos e defensores, a credibilidade de Abbas está inteiramente associada a essas negociações. Se o progresso não for iminente - seja na forma de um acordo final ou, pelo menos, de algo que seja sentido pelos palestinos - ele perderia seu poder, o que seria um retrocesso para os que defendem um curso moderado. O Fatah, de Abbas, é visto por muitos palestinos como uma organização vacilante assentada em um legado de corrupção, frustrando jovens ativistas e reformadores. Além disso, o mandato de quatro anos de Abbas expirou em janeiro. Embora seus partidários assegurem que a lei lhe permite mais um ano, Abbas tem dado ao governo palestino um sentido de incerteza no momento em que os EUA esperam resultados sólidos.