CIDADE DO MÉXICO - O presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, disse na quinta-feira 9 que vai abrir mão da proteção do Serviço Secreto e terá um aparato de segurança composto por 20 homens e mulheres desarmados, incluindo advogados, médicos e engenheiros.
Desde que venceu a eleição presidencial no dia 1º de julho, o político tem mantido a imagem de um presidente do povo, abrindo mão de privilégios tradicionais do cargo. No entanto, a falta de uma guarda armada tem causado preocupação no país, marcado tanto pela violência política como por crimes relacionados ao tráfico de drogas.
Durante a última campanha eleitoral, houve mais ataques fatais contra políticos no México do que em qualquer outra campanha da história recente do país. No ano passado, uma epidemia de violência de cartéis de drogas tornou o país o mais letal desde que registros modernos começaram a ser produzidos.
Em seu primeiro pronunciamento público, um dia depois de ser oficialmente nomeado presidente eleito, Obrador disse que dez homens e dez mulheres serão escolhidos para protegê-lo, mas os descreveu como facilitadores. Segundo ele, os selecionados não carregarão armas de fogo e a proteção será mantida no nível mínimo.
“Eles vão me proteger. Essas mulheres e homens, e todos os mexicanos vão me proteger. E quando eu falo de todos os mexicanos, estou falando sobre os soldados, porque os soldados são o povo”, disse. “Todos os mexicanos vão me proteger, mas não vai haver esse órgão (governamental) especial para garantir a proteção do presidente da República”.
Obrador afirmou já ter dito ao atual presidente, Enrique Peña Nieto, sobre sua escolha por uma equipe de segurança menor. Peña Nieto é protegido por 2 mil guardas presidenciais armados, incluindo militares, policiais e civis. / REUTERS