Ocidente planejava morte de suposto mentor dos atentados em Paris, diz jornal

Segundo The Wall Street Journal, Abdelhamid Abaaoud era monitorado por países ocidentais, mas as pistas sobre ele desapareceram semanas antes dos ataques na França

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WASHINGTON - O suposto autor intelectual dos atentados de Paris, Abdelhamid Abaaoud, estava sendo "monitorado" por países ocidentais que planejavam matá-lo em um ataque aéreo, mas que perderam sua pista há algumas semanas, publicou na segunda-feira o jornal americano The Wall Street Journal.

A publicação citou fontes próprias não identificadas segundo as quais Abaaoud estava sendo acompanhado na Síria por países "aliados" que se dispunham a lançar contra ele um ataque aéreo seletivo. Contudo, as pistas do extremista despareceram semanas antes do ataque em Paris.

O belga Abdelhamid Abaaoud, de 28 anos, é o principal suspeito de ser o cérebro da operação terrorista em Paris Foto: AP

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Abaaoud, 28 anos e de origem marroquina, havia sido condenado em julho, a revelia, por um tribunal belga, apesar de seu paradeiro ser desconhecido, acusado de facilitar o recrutamento de combatentes para as fileiras da jihad na Síria entre 2011 e 2014.

O jovem foi condenado a 20 anos de prisão por ser considerado o cérebro da célula jihadista de Verviers, no leste da Bélgica, que foi desmantelada em janeiro, e que Abaaoud coordenava da Grécia, onde supostamente residia até que seu paradeiro se tornou desconhecido.

Segundo o The Wall Street Journal, Abaaoud teria se refugiado na Síria, onde apareceu em uma revista digital do Estado Islâmico zombando das autoridades europeias por sua incapacidade de o capturarem.

A imprensa belga publicou na segunda-feira que os serviços de segurança do país suspeitam que Abaaoud, que no passado morou no subúrbio de Molenbeek, onde há forte presença muçulmana, poderia ser o autor intelectual dos atentados de Paris, que causaram a morte de 129 pessoas e deixaram 352 feridos.

Os veículos belgas afirmam que Abaaoud planejou o massacre na Síria, onde mantinha contato direto com os terroristas suicidas. /EFE

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