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Odebrecht pagou US$ 3 mi a Humala em 2011

Partido do ex-presidente peruano, o Partido Nacionalista Peruano (PNP), diz que as doações são legais

Atualização:

LIMA - Uma delação da construtora Odebrecht publicada nesta quinta-feira, 24, pela imprensa peruana indica que a empresa financiou com US$ 3 milhões a campanha do ex-presidente peruano Ollanta Humala nas eleições de 2011. O ex-diretor da empresa no Peru Jorge Barata disse a procuradores peruanos que as doações foram feitas a pedido do PT e algumas foram entregues pessoalmente à mulher de Humala, Nadine Heredia. O partido de Humala, o Partido Nacionalista Peruano (PNP), diz que as doações são legais.

A Promotoria peruana investiga Humala e Nadine por lavagem de dinheiro e financiamento ilegal de campanha nas eleições de 2011. Barata, que fez acordo de delação premiada para colaborar com as investigações em troca de diminuição de pena, confessou a um grupo de promotores peruanos que inicialmente entregou a Nadine US$ 1 milhão em uma casa que Humala tem em Lima.

Nadine Heredia Alarcón ao lado do marido, o ex-presidente do Peru Ollanta Humala; indicação dela para dirigir escritório da FAO em Genebra irritou atual governo do país andino Foto: REUTERS/Mariana Bazo/ Files

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Remessas procedentes do Brasil eram enviadas aos escritórios da Odebrecht em Lima, enquanto outras quantias similares foram entregues aos publicitários petistas Luis Favre e Valdemir Garreta para que as levassem até o Peru.

Segundo Barata, as doações terminaram após a eleição de Humala. Barata afirmou que nenhum desses pagamentos tinha o objetivo de garantir obras para a Odebrecht.

O PNP nega irregularidades. “Pedimos respeito ao devido processo legal no recolhimento de informações, especialmente de quem ao colaborar com a Justiça mudou versões anteriores”, disse em nota o partido. / EFE

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