Odebrecht quer indenização de US$ 1,3 bilhão do governo da Colômbia
Para construtora brasileira, Juan Manuel Santos descumpriu um tratado de proteção de investimentos no país
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Por Redação
Atualização:
BOGOTÁ - A construtora brasileira Odebrecht pretende obter da Colômbia uma indenização de 3,8 trilhões de pesos (US$ 1,31 bilhão) por considerar que o governo descumpriu um tratado de proteção de investimentos no país.
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O diretor da Agência de Defesa Jurídica do Estado, Luis Guillermo Vélez, disse que recebeu uma notificação na qual a empresa informa sobre suas pretensões, tendo como base o Acordo de Promoção e Proteção Recíproca de Investimentos (APPRI).
Segundo Vélez, a Odebrecht defende que uma série de medidas tomadas pelo governo colombiano causaram violações do tratado. "Se a notificação avançar, eles informaram que ela será apresentada em uma dependência do Banco Mundial ou no Tribunal Permanente de Arbitragem, em Haia", afirmou Vélez.
O procurador-geral da Colômbia, Fernando Carillo, considerou as pretensões da Odebrecht como "absolutamente degradantes". "A dignidade da Colômbia não permite que nos deixemos encurralar por uma ação absolutamente temerária", afirmou ele, citando o escândalo de corrupção envolvendo a construtora na América Latina.
Líderes latinos citados em casos de corrupção envolvendo a Odebrecht
1 / 10Líderes latinos citados em casos de corrupção envolvendo a Odebrecht
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De acordo a Procuradoria-Geral da Nação, a Odebrecht teria pago US$ 27,7 milhões em propinas no país. Em razão do escândalo, empresários, políticos e empresários públicos foram presos. Um dos principais personagens detidos no caso é Roberto Prieto, gerente da campanha de Santos nas eleições de 2014.
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Segundo o Ministério Público da Colômbia, Prieto pediu US$ 450 mil à Odebrecht para quitar contas da campanha de 2010, na qual também havia trabalhado para o atual presidente. A legislação colombiana proíbe que os candidatos aceitem dinheiro de empresas estrangeiras. / EFE
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