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OEA discute Declaração dos Direitos dos povos indígenas

Ativistas pedem que indígenas possam decidir seus próprios assuntos com liberdade

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização dos Estados Americanos (OEA) começou nesta terça-feira, em Washington, a oitava reunião de negociações sobre a Declaração Americana dos Direitos dos Povos Indígenas, tendo o conceito da livre determinação como um de seus assuntos principais. Na sessão de abertura, o presidente do Grupo de Trabalho encarregado do tema, o embaixador da Guatemala, Juan León, fez um apelo aos representantes dos países-membros, para que busquem soluções que "reafirmem o direito sem limites" "Devemos esgotar todos os esforços para imaginar um futuro em que os povos indígenas possam decidir seus próprios assuntos, com total liberdade, para promover o seu desenvolvimento econômico, político, social, cultural, educativo e jurídico", acrescentou. León, membro da comunidade maia k´iche, lembrou que os representantes indígenas reafirmam que a livre determinação não ameaça a unidade territorial dos Estados. O diplomata guatemalteco mostrou otimismo mas admitiu que a tarefa de conseguir consenso em alguns aspectos da Declaração não é fácil e dependerá da "flexibilidade de todas as delegações". Natalia Sara-pura, representante da etnia kolla, da Argentina, afirmou que "a livre determinação é um direito inerente aos povos indígenas". Na IV Cúpula das Américas, na Argentina, em novembro de 2005, e na última Assembléia Geral da OEA, em junho deste ano, os governos da região ressaltaram a importância de adotar a Declaração Americana dos Direitos dos Povos Indígenas.

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