
05 de julho de 2009 | 09h40
"A suspensão tem efeito imediato", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, durante a leitura da resolução para outros membros da OEA. Embora a medida implique afastamento temporário de Honduras, o país ainda receberá orientações da organização em algumas áreas, como a de direitos humanos.
A decisão de suspender Honduras ocorre após o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, ter fracassado numa negociação com o atual governo do país para reconduzir Zelaya ao poder. Honduras já havia anunciado a saída unilateral da OEA por não concordar com a exigência do órgão de restituir o líder deposto à Presidência.
Zelaya insiste em retornar a Honduras hoje. Ele disse em uma mensagem transmitida pela internet que desembarcará no aeroporto de Tegucigalpa, capital do país, e solicitou a presença de seus simpatizantes no local.
"Eu peço a todos os agricultores, moradores, indígenas, jovens e grupos de trabalhadores, empresários e amigos que me acompanhem no retorno a Honduras", afirmou Zelaya. "Não levem armas. Pratiquem o que eu sempre defendi, que é a não violência. Deixem eles ser aqueles que usam a violência, as armas e a repressão."
Parte da população hondurenha vem realizando passeatas diárias de apoio ao golpe militar e a Roberto Micheletti, presidente do Congresso que foi escolhido pelos legisladores para cumprir os seis meses restantes do mandato de Zelaya. As informações são da Associated Press.
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