
14 de agosto de 2011 | 00h00
"Há um processo de pulverização de organizações criminais no México", explicou o especialista em segurança Erubiel Tirado. "Essa nova tendência, no entanto, prolonga o conflito e a crise de insegurança." De acordo com Tirado, o tipo de combate ao narcotráfico exercido pelo governo do presidente Felipe Calderón está mudando a natureza e a estrutura das organizações criminosas do país.
"De extensas e verticais, elas passam a ser múltiplas e horizontais e têm o controle e a liderança descentralizados", afirmou o especialista. Dessa maneira, segundo ele, a detenção desses grupos é mais difícil porque o governo ainda não adaptou sua estratégia de combate às novas circunstâncias. Segundo ele, o governo caça os líderes das organizações mas não as desarticula.
"A conclusão que chegamos é que o plano de ação do governo não é eficaz porque não acaba com a insegurança, com os grupos armados ou com a "narcopolítica"", disse Tirado. "Pelo contrário, ao focar sua estratégia somente na perseguição de líderes de cartéis, o governo contribui para a fragmentação desses grupos."
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