Oficiais suspeitos de planejar golpe são presos na Venezuela

Detenção de militares foi desencadeada após a divulgação de gravação sobre um suposto plano de atentado contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um general e um capitão da Guarda Nacional (Polícia militarizada) da Venezuela foram presos nesta quarta-feira, 7, após ser divulgada uma gravação sobre um suposto plano de atentado contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Os oficiais são pai e filho. O jornal Ultimas Notícias informou que o ex-general Ramón Guillén e seu filho, o capitão da ativa Tomás Guillén, foram levados para uma prisão militar e para a Direção de Inteligência Militar, respectivamente, à espera do julgamento militar. Na conversa telefônica que desencadeou as prisões - divulgada pela emissora de televisão estatal VTV - o general e o capitão detidos mencionam uma mulher estrangeira chamada Sindry Patricia e outros supostos generais, um deles chamado de Serruti. Chávez reiterou nos últimos dias, sem dar maiores detalhes, que "militares golpistas" a serviço da "oligarquia" nacional, junto com agentes da CIA (agência de inteligência americana) e do Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia, retomaram iniciativas para tentar derrubá-lo e matá-lo. Em 2002, o líder venezuelano chegou a ser deposto da presidência por 48 horas em um golpe frustrado por militares fiéis ao governo. Segundo Chávez, a tentativa de derrubá-lo teria contado com o apoio dos Estados Unidos - acusação enfaticamente negada pelo governo dos Estados Unidos. "Eles (seus inimigos e opositores) sabem que, enquanto Chávez estiver aqui (no poder), a ´revolução bolivariana´ continuará aprofundando-se e ampliando-se. Sabemos que não descansarão em seu empenho para me eliminar fisicamente", denunciou o presidente venezuelano em uma recente entrevista coletiva.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.