Olmert clama por boicote ao presidente do Irã

Israel considera o Irã como a maior ameaça à sua existência, e rejeita as declarações de Teerã de que seu programa nuclear seja pacífico

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert apelou à comunidade internacional nesta segunda-feira que isole o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, dizendo que o mundo não pode ficar parado enquanto Ahmadinejad pede pela destruição de Israel. "É inconcebível que[...]um membro das Nações Unidas continue a ser recebido pelo mundo como um líder legítimo enquanto ele finca o pé e diz que outro membro das Nações Unidas deve ser apagado do mapa", disse Olmert em uma conferência de negócios. "Nunca devemos repetir os erros cometidos há 60 anos, de levar as coisas levemente, ignorando o que se está ouvindo, quando ainda era possível salvar vidas", acrescentou, em alusão aos nazistas, que mataram seis milhões de judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Israel considera o Irã como a maior ameaça à sua existência, e rejeita as declarações de Teerã de que seu programa nuclear seja pacífico. Ahmadinejad pediu diversas vezes pela destruição de Israel, e o Irã já tem mísseis capazes de atingir o Estado judeu, e que podem carregar bombas nucleares. No alerta mais enfático até então, Olmert alertou na semana passada que Teerã terá "um preço a pagar" se não abrir mão de suas ambições atômicas. Olmert não ameaçou especificamente debilitar o programa nuclear iraniano em um ataque militar, como fez há 25 anos no Iraque, quando bombardeou um reator nuclear inacabado no país. Mas o Estado judeu vem dizendo que os iranianos "devem ter medo" das conseqüências de sua intransigência. Experts militares têm questionado a habilidade de Israel para destruir as instalações nucleares iranianas, que diferente da iraquiana, estão disfarçadas entre outras instalações, sendo que algumas são subterrâneas. Mas eles têm dito que Israel poderia atrasar o programa nuclear em anos ao bombardear algumas das instalações. O apoio às sanções da ONU contra o Irã tem crescido entre os membros do Conselho de Segurança após semanas de conversas entre a União Européia e o Irã, que se mostraram infrutíferas pois não se conseguiu persuadir Teerã a suspender o enriquecimento de urânio, processo-chave para a produção de bombas, e para a produção de energia elétrica.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.