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Olmert diz que continuará a respeitar cessar-fogo em Gaza

Primeiro-ministro de Israel disse aos responsáveis pelas forças de segurança que o Poder Executivo continuará mantendo sua ´política de contenção´

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, decidiu nesta terça-feira não agravar ataques de Israel em Gaza como resposta pelo homem-bomba palestino que matou três pessoas na segunda-feira, informaram os veículos de comunicação do local. Olmert encontrou nesta terça-feira comandantes oficiais para discutir a resposta de Israel em relação ao ataque suicida em Eilat. A decisão foi de não contra-atacar e continuar cumprindo o acordo de cessar-fogo feito em 28 de novembro com os palestinos Olmert disse aos responsáveis pelas forças de segurança que o Poder Executivo continuará mantendo sua "política de contenção", em alusão ao lançamento, quase diário, de foguetes Qassam a partir de Gaza para o sul de Israel, e à trégua firmada com o presidente palestino, Mahmoud Abbas. Segundo fontes do governo israelense, os líderes do aparelho de segurança o aconselharam e pediram sua autorização para retomarem a política de "assassinatos seletivos" de chefes palestinos procurados, que Olmert deixou sem efeito como conseqüência do cessar-fogo. Por causa do pacto, o Exército retirou suas tropas de Gaza, onde matou em várias operações mais de 500 palestinos desde a captura, em junho de 2006, do soldado Gilad Shalit. O que ficou acertado na reunião foi a intensificação das operações preventivas para impedir a entrada de terroristas através da extensa fronteira de Israel com o Egito, de cerca de 250 quilômetros, disseram fontes israelenses. Esta fronteira costuma ser atravessada por traficantes de drogas e por indivíduos ligados à prostituição, pois a vigilância egípcia é deficiente, afirmam fontes militares israelenses. Olmert prometeu às entidades de segurança que pedirá às autoridades do Cairo que fortaleçam a vigilância da fronteira entre os dois países. Além disso, diferentes setores apresentaram a proposta de construir uma cerca com sensores eletrônicos ao longo da fronteira, similar "ao muro de segurança" na Cisjordânia, ao longo do limite e no meio do deserto. O custo estipulado é de cerca de US$ 500 milhões.

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