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Olmert e Abbas devem se encontrar em conferência na Jordânia

O contato entre os dois líderes aumenta as esperanças do reinício das negociações de paz entre israelense e palestinos

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, planejam se reunir durante uma conferência internacional na Jordânia esta semana. A reunião será a primeira entre os dois líderes desde que Olmert assumiu o poder em maio e desde que o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas em janeiro deste ano. O encontro aumenta as esperanças do reinício das negociações de paz entre as duas partes. Um funcionário do governo jordaniano afirmou que os dois líderes devem comparecer a uma reunião durante um café da manhã na conferência de vencedores do prêmio Nobel na quinta-feira, apresentada pelo rei da Jordânia Abdullah II na cidade turística de Petra. Funcionários dos governos israelense e palestino confirmaram a presença de Olmert e Abbas no café da manhã mas não informaram sobre planos para uma reunião privada. As fontes falaram sob condição de anonimato pois os preparativos ainda não foram finalizados. Reconhecimento de Israel Abbas se ausentará das intensas conversas com o governo palestino, liderado pelo Hamas, para comparecer à conferência. O presidente palestino está tentando persuadir o grupo militante a reconhecer o Estado Judeu, uma condição fundamental exigida por Israel e pela comunidade internacional para o reinício das negociações de paz. Olmert já indicou que está disposto a conversar com o presidente palestino, mas afirmou que negociações de paz significativas não podem acontecer enquanto o Hamas não abandonar os pedidos de destruição de Israel. Se os esforços de paz continuarem estagnados, o premier israelense planeja retirar unilateralmente os colonos judeus da Cisjordânia e manter grandes blocos de assentamentos e Jerusalém oriental. Os palestinos se opõem a este plano pois afirmam que Israel manteria cerca de 10% da Cisjordânia e Jerusalém após a retirada. Eles reivindicam toda a Cisjordânia e Jerusalém oriental como parte de um futuro Estado palestino. Abbas têm pressionado o Hamas a aceitar o "Plano dos Prisioneiros", uma proposta que implica no reconhecimento de Israel, na esperança de reiniciar as negociações com Olmert. Contudo, o grupo palestino tem rejeitado o plano e as negociações continuam. A aceitação da proposta significaria uma grande mudança ideológica do Hamas, que não reconhece o Estado Judeu e já matou mais de 250 israelenses em atentados suicidas entre 2000 e 2005, quando declarou seu cessar-fogo. O presidente palestino planeja realizar um referendo nacional no dia 26 de julho caso o Hamas não aceite a proposta e reconheça Israel.

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