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Olmert encontra Bush para discutir paz no Oriente Médio

Premier israelense vai encontrar George W. Bush, com quem deve discutir questões relacionadas ao programa nuclear iraniano e o processo de paz no Oriente Médio

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, iniciou no domingo segunda-feira uma visita de cinco dias aos Estados Unidos, cujos principais assuntos serão as perspectivas para resgatar o processo de paz do Oriente Médio e o programa nuclear iraniano. Nesta segunda-feira, Olmert também vai se reunir com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em sua segunda visita a Washington desde que assumiu o cargo. Olmert chegou ao aeroporto da base militar de Andrews, nos arredores de Washington, e se reunirá nesta segunda-feira com a secretária de Estado, Condoleezza Rice. Em entrevista publicada na edição de domingo da revista Newsweek, Olmert afirmou que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, "é um homem que está pronto para cometer crimes contra a humanidade e deve ser parado". Questionado se Israel tomaria ações militares contra o Irã se a comunidade internacional não reagir, Olmert respondeu: "É absolutamente intolerável para Israel aceitar um Irã com armas nucleares". Israel, como os EUA, acusa Teerã de querer desenvolver armas atômicas, o que é negado pelo Governo de Ahmadinejad, que insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos. O premier israelense e Bush vão abordar o conflito entre israelenses e palestinos, assim como a política dos EUA no Oriente Médio após as eleições legislativas de terça-feira, informou a Casa Branca em comunicado. Olmert se disse disposto a dialogar com o Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), inclusive se membros do Hamas fizerem parte da ANP. As condições para o diálogo, são, segundo Olmert, o movimento islamita reconhecer a existência de Israel, encerrar as atividades terroristas e assumir os compromissos assinados até agora no processo de paz com Israel. No encontro, o líder israelense também alertou sobre as possíveis conseqüências da retirada das tropas americanas do Iraque, como pediram líderes democratas. "Se acontecer uma saída prematura antes de o Iraque ter um Governo forte, com uma autoridade forte que possa manter a unidade do país e prevenir seu colapso numa guerra civil interna, os Estados Unidos terão de pensar nas possíveis ramificações nos países árabes vizinhos", disse. O senador democrata Carl Levin, que em janeiro deverá se tornar o presidente do Comitê das Forças Armadas do Senado, disse nesta segunda-feira que apresentará uma resolução para que a Casa Branca comece a retirar suas tropas do Iraque em "entre quatro e seis meses". No entanto, Joshua Bolten, chefe de gabinete da Casa Branca, respondeu que estabelecer uma data fixa para a saída do Iraque "seria um verdadeiro desastre para o povo iraquiano". Após sua visita a Washington, Olmert irá a Los Angeles, na Califórnia, onde se reunirá com líderes judeus.

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