Olmert revoga permissões de residência de deputados do Hamas

Com isso os legisladores terão de se mudar para a Cisjordânia

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Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro designado de Israel, Ehud Olmert, decidiu nesta terça-feira limitar a resposta imediata ao atentado de Tel Aviv a medidas políticas, que se concretizam na revogação da permissão de residência em Israel de três deputados do Hamas que vivem em Jerusalém Oriental. Um porta-voz do governo israelense, Raanan Gissin, informou à EFE que o Executivo, reunido nesta terça-feira para decidir que resposta dar ao atentado suicida que causou na última segunda-feira a morte de nove pessoas e deixou outras 40 feridas, decidiu "revogar a permissão de residência dos três legisladores do Hamas de Jerusalém Oriental". Após essa decisão, os deputados perderão os direitos sociais adquiridos em Israel e deverão mudar-se para a Cisjordânia. Gissin acrescentou que Israel continuará lutando contra o terrorismo, como o país faz sempre, "adaptando as operações à ameaça". Para o governo israelense, não há diferença entre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e a Jihad Islâmica, a qual assumiu na última segunda-feira a autoria do atentado. "Continuaremos perseguindo os terroristas e combatendo o terror sem levar em conta a filiação", disse o porta-voz, acrescentando que o governo palestino está dirigido por uma entidade terrorista. Gissin disse também que "Israel sempre distingue entre estes e outros palestinos, mantém abertos canais de comunicação e não desqualifica o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas". O porta-voz destacou, no entanto, que, apesar de o Hamas dirigir o governo, o presidente da ANP tem "autoridade para combater o terrorismo".

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