OMS diz não saber origem do surto de cólera no Haiti

Doença já matou 259; governo se mobiliza para impedir contaminação nos campos de desabrigados

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GENEBRA - Uma semana depois de terem sido registrados os primeiros casos de cólera no Haiti, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira, 26, que ainda desconhece as causas do surto da doença, que já matou 259 pessoas e infectou 3.342.

 

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"Não sabemos a origem do surto de cólera", disse Fadela Chaib, porta-voz da OMS. Ele, porém, garantiu que estão sendo feitas "análises pertinentes para determinar as causas", já que esta doença não é endêmica no país e, além disso, não havia sido registrado nenhum caso em um século.

 

Embora a OMS tenha descartado a determinação definitiva da origem da cólera no momento, Elyzabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da Organização das Nações Unidas (ONU), suspeita que a doença pode ter começado com a contaminação da água do rio que atravessa a região afetada.

 

O surto se concentra no departamento de Artibonite, no norte do país. Os municípios mais afetados são Saint Marc, Marchand-Dessalines e Grande Salines. Casos também foram registrados em Mirebalaism, no leste, e na capital Porto Príncipe, no centro.

 

A maior preocupação das autoridades é que a doença não chegue nos acampamentos dos desabrigados pelo terremoto de janeiro. Aproximadamente 1,3 milhão de pessoas vivem em barracas e em condições precárias de higiene, o que poderia potencializar a disseminação da cólera.

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