27 de maio de 2008 | 04h03
Três semanas depois de o ciclone "Nargis" devastar o sul de Mianmar (antiga Birmânia), não foram registrados até o momento focos de doenças tropicais nas regiões atingidas, indicou a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, um documento divulgado pela representação da OMS em Mianmar indica que não está chegando água potável suficiente nas áreas devastadas pelo ciclone. A OMS afirmou no texto que até agora o número de casos de cólera, dengue e malária, os mais temidos, "se encontra dentro do normal neste período do ano". O organismo advertiu ainda que beber e usar para o banho a água contaminada pela putrefação do lodaçal deixado pelo "Nargis" eleva o risco de que as vítimas tenham diarréia e disenteria, que enfraquecem as defesas naturais e aumentam a vulnerabilidade a outros contágios. Fontes de outras organizações e de agências de ajuda humanitária disseram que as últimas chuvas estão provocando um aumento das doenças respiratórias nos desabrigados que não possuem cobertores secos ou outros materiais para se proteger. Pelo menos 134 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas por causa do ciclone, que deixou ainda 2,5 milhões de desabrigados, segundo dados das Nações Unidas.
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