WASHINGTON - O novo decreto migratório do presidente Donald Trump enfrentou mais um obstáculo nesta sexta-feira, 10, quando uma proeminente organização de direitos civis entrou com um recurso judicial em nome de vários grupos de apoio a refugiados.
A nova ordem executiva, que fecha temporariamente a fronteira dos Estados Unidos a todos os refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana, foi anunciada na segunda-feira, 6, em substituição de outra emitida em janeiro, que foi bloqueada em cortes federais.
A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu, na sigla em inglês) e o Centro de Leis Nacionais para Imigrantes interpuseram um recursos em nome do Projeto Internacional de Assistência a Refugiados e diversas pessoas e organizações.
"Colocar uma nova capa de pintura na proibição aos muçulmanos não se resolve o problema fundamental, que é que a Constituição e nossas leis proíbem a discriminação religiosa", disse o diretor de direitos para imigrantes da Aclu, Omar Jadwat.
A nova versão do decreto suspende temporariamente a entrada de refugiados e a entrega de vistos para os cidadãos de Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen. Para a administração Trump, a medida busca evitar que se infiltrem potenciais terroristas no solo americano. A lei entrará em vigor em 16 de março.
A primeira ordem executiva incluía também os cidadãos do Iraque, porém este país foi eliminado da nova lista por colaborar com a luta contra o Estado Islâmico.
Theodore Chuang, um federal de Maryland, vai julgar o recurso em 15 de março, um dia antes da medida entrar em vigor. / AFP