
13 de novembro de 2011 | 03h05
"Homs é um microcosmo da brutalidade do governo sírio", disse Sarah Leah Whitson, diretora de Oriente Médio do Human Rights Watch, que defendeu a suspensão da Síria da Liga Árabe e pediu uma ação do Conselho de Segurança para frear a violência no país.
Segundo o relatório, as forças de segurança usam armamentos pesados para disparar contra bairros (controlados por opositores) com o objetivo de aterrorizar as pessoas antes de entrar com blindados, tanques e outros veículos militares.
"As comunicações são cortadas e postos de controle são implementados para restringir o movimento de pessoas e também o acesso de comida e medicina", acrescenta o texto. "Assim como no resto da Síria, as forças de segurança em Homs prendem milhares de civis arbitrariamente e a tortura é sistemática nas prisões."
O relatório lembra ainda que, apesar de muitos dos detidos serem soltos semanas depois, centenas continuam desaparecidos. A maioria dos presos são jovens, mas há relatos de crianças, mulheres e idosos na prisão.
O regime argumenta que está lutando contra milícias e não reprimindo manifestantes pacíficos. O governo americano e diplomatas estrangeiros admitem que os opositores estão se armando, mas insistem no caráter pacífico dos protestos.
Há relatos independentes indicando que a oposição, composta majoritariamente por sunitas, tem organizado assassinatos sectários contra minorias étnicas.
/ G.C.
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