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ONG denuncia uso de escudos humanos pelos palestinos

Milicianos palestinos fazem uso freqüente de mulheres e crianças como escudo humano para se proteger das tropas de Israel durante confrontos e ações militares

Por Agencia Estado
Atualização:

Os grupos armados palestinos não devem pôr em perigo a vida de civis estimulando-os a se reunir nas casas de milicianos que são alvo do Exército israelense, denuncia a organização Human Rights Watch (HRW) em comunicado emitido nesta quarta-feira. "Chamar civis a um lugar que o inimigo identificou como alvo de um ataque é como empregar escudos humanos e fracassar em tomar todas as medidas possíveis para proteger civis de um ataque. Os dois são violações do direito humanitário internacional", explica. A HRW se refere ao incidente que ocorreu no sábado, quando um suposto miliciano palestino chamou a população do campo de refugiados de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, a proteger sua casa depois que recebeu uma ligação do Exército na qual lhe pediam que evacuasse o imóvel porque seria bombardeado. Centenas de palestinos se concentraram na casa e o Exército foi obrigado a cancelar o ataque. Além disso, em 3 de novembro, durante a invasão israelense da localidade de Beit Hanoun, no norte de Gaza, dezenas de mulheres foram convocadas a uma mesquita supostamente com o objetivo de tirar os milicianos que se refugiavam em seu interior, que estavam cercados pelo Exército israelense. Durante este incidente, duas mulheres morreram e outras dez ficaram feridas.

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