
06 de novembro de 2007 | 10h31
O presidente da organização francesa Arca de Zoé, Eric Breteau, preso no Chade, negou as acusações de tentar tirar ilegalmente mais de cem crianças do país e disse que sua intenção era salvá-las da situação em que estavam e fazer algo por Darfur. "Quis apenas salvar crianças desamparadas", disse Breteau em entrevista publicada nesta terça-feira, 6, pelo jornal Sud Ouest. "Agora falam de mim como um criminoso, quando sou o único que tentou fazer algo por Darfur", acrescentou. O diretor da ONG preferiu não se queixar das condições da prisão dele e de seus colaboradores no Chade e insistiu em que "o único problema é estar detido apesar de ser inocente". Breteau também criticou os jornalistas, que, para ele, não foram "muito sérios" na cobertura do caso. Em entrevista ao jornal Le Parisien, a secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade, reprovou a Arca de Zoé por ter se utilizado de "operações de dissimulação para apagar pistas". Segundo Yade, a ONG não só teria mudado de nome - no Chade, era chamada de Children Rescue - como também, para confundir, anunciou que criaria um centro social no país para atender as crianças, em vez de levá-las para a França.
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