ONG pede mais licenças de trabalho para palestinos em Israel

Relatório denuncia maus-tratos a que são submetidos trabalhadores palestinos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Centro de Informação pelos Direitos Humanos nos Territórios Ocupados, B´Tselem, solicitou nesta terça-feira, 6, ao governo de Ehud Olmert mais permissões de trabalho em Israel para operários palestinos desempregados da Cisjordânia. Em comunicado de imprensa, a organização israelense divulgou o relatório intitulado "Além dos limites legais". O texto denuncia os maus-tratos a que são submetidos os trabalhadores palestinos ilegais por parte dos órgãos de segurança, e as causas pelas quais os operários se vêem forçados a se infiltrar em território israelense. Segundo o comunicado da B´Tselem, os órgãos de segurança infringem os direitos humanos de milhares de trabalhadores ilegais, que chegam a Israel devido às duras condições econômicas na Cisjordânia. As dificuldades, sustenta o relatório, são em grande medida resultado de um subdesenvolvimento gerado por Israel, e das proibições de entrada no país impostas aos operários desde 1991, alegando razões de segurança. O relatório inclui dezenas de casos nos quais policiais e soldados maltrataram palestinos surpreendidos trabalhando em Israel sem as permissões necessárias. As autoridades condenam a atitude mas não adotam nenhuma medida para impedir os abusos, que portanto continuam, diz a B´Tselem. A ONG israelense recomenda a adoção de diversas leis e normas para evitar os abusos do aparelho da segurança. Sem uma solução para os problemas econômicos, os palestinos continuarão se infiltrando ilegalmente em Israel, alerta. Segundo a legislação internacional, Israel, que ocupa a Cisjordânia desde a guerra de junho de 1967, tem a obrigação como potência ocupante de proporcionar bem-estar à população. Assim, conclui a B´Tselem, deve criar postos de trabalho no território palestino.

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