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ONU adverte contra uso da força em impasse nuclear com Irã

Israel e Estados Unidos não descartam futura ação militar contra instalações de Teerã

Atualização:

NOVA YORK - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira, 10, uma solução diplomática para o impasse nuclear com Teerã, em uma aparente reação a especulações na mídia de que Israel poderia atacar as instalações nucleares iranianas.

 

 

"Ele (Ban) reitera seu apelo para a complacência do Irã com todas as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança e do conselho de governantes da Agência Internacional de Energia Atômica", afirmou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, a repórteres.

 

"O secretário-geral reitera sua crença de que uma solução negociada, e não uma solução militar, é a única maneira de resolver esse problema", acrescentou ele. O porta-voz disse que a posição de Ban é que "a responsabilidade recai sobre o Irã para provar a natureza pacífica do seu programa nuclear." A tensão relacionada ao programa nuclear iraniano aumentou no início desta semana quando a agência nuclear da ONU reportou que Teerã parecia ter trabalhado no desenvolvimento de uma bomba e que ainda podia estar conduzindo pesquisas secretas para tal fim. A especulação da mídia sobre uma possível ação militar dos EUA e de Israel também se intensificou nas últimas semanas. Teerã, que há anos nega estar desenvolvendo armas atômicas, condenou imediatamente o relatório e o qualificou de "desequilibrado, não profissional e politicamente motivado." Desde 2006, o Conselho de Segurança da ONU adotou seis resoluções exigindo que o Irã interrompesse seu programa de enriquecimento de urânio, quatro delas com sanções contra a República Islâmica. Os EUA, a União Europeia e os seus aliados suspeitam que o enriquecimento é o núcleo de um programa para desenvolver uma capacidade de armas nucleares. O Irã, que se recusa a interromper seu programa, diz que suas ambições nucleares são limitadas à geração de eletricidade.

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