ONU alerta sobre agravamento da situação humanitária no Iêmen

Conflitos no país mais pobre da Península Arábica só piora falta de água e alimentos

PUBLICIDADE

Atualização:

NOVA YORK - A subsecretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, pediu nesta segunda-feira, 28, o fim da violência no Iêmen e alertou que a instabilidade que atinge o país está piorando sua já "abalada" situação humanitária.

 

PUBLICIDADE

 

"O sofrimento prolongado e crônico no Iêmen significa que se continua necessitando urgentemente de ajuda humanitária", disse Valerie, responsável do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU (Ocha), que advertiu sobre o grande número de pessoas afetadas por conflitos internos.

 

 

A responsável dos Assuntos Humanitários da ONU explicou que "mesmo antes que se desencadeassem os atuais protestos, o país já estava enfrentando uma crise humanitária devido a um prolongado conflito no norte do país que deslocou 300 mil pessoas".

 

 

Valerie se mostrou "especialmente preocupada" quanto aos problemas humanitários no Iêmen, país mais pobre da Península Arábica. Ela destacou que a nação vem sofrendo com "escassez de água e alimentos". Segundo a subsecretária, 31,5% da população iemenita não tem alimentação assegurada e que 12% - cerca de 2,7 milhões de pessoas - está em uma situação "realmente grave" no que se refere ao acesso a alimentos.

 

"Os recentes confrontos afetaram novamente centenas de pessoas que não se recuperaram ainda do conflito prévio", afirmou Amos, que pediu às partes em conflito que protejam a população civil e que permitam o acesso da ajuda humanitária às zonas mais afetadas do país.

Publicidade

 

O Iêmen é palco de protestos contra o regime de Ali Abdullah Saleh desde 27 de janeiro, que se intensificaram em meados de fevereiro passado, em meio à onda de reivindicações democráticas, sociais e econômicas que atinge grande parte do Oriente Médio e do norte da África. O presidente iemenita advertiu que qualquer tentativa de golpe de Estado levará o país a uma guerra civil.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.