ONU apóia esforço diplomático contra crise na Venezuela

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Por Agencia Estado
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O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, afirmou que os esforços de mediação para acabar com a crise política que atinge a Venezuela devem ser intensificados. Depois de uma reunião com Annan em Nova York, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, voltou a descartar a possibilidade de realizar um referendo para definir se ele deve permanecer na Presidência antes da metade de seu mandato, em agosto, informa a BBC. A oposição venezuelana, que acusa Chávez de autoritarismo e incompetência, lidera uma greve geral desde o dia 2 de dezembro. A paralisação reduziu a produção de petróleo no país em quase 30% e provocou escassez de alimentos. Na última quarta-feira, a OEA (Organização dos Estados Americanos) anunciou a criação de um "grupo de amigos" - formado por Brasil, Estados Unidos, Chile, México, Espanha e Portugal - para ajudar a promover o diálogo entre o governo venezuelano e a oposição. "Grupo de Amigos" Em Nova York, Chávez elogiou a iniciativa, mas afirmou que o grupo "é embrionário e deveria ser ampliado com a incorporação de países como Rússia, França, China e Argélia". O presidente venezuelano também afirmou que Annan deve enviar um representante da ONU a Caracas e já estuda uma lista de possíveis candidatos. Chávez viajou aos Estados Unidos em uma "visita relâmpago" para a cerimônia de entrega da função de líder do Grupo dos 77 países em desenvolvimento, que passou da Venezuela para Marrocos. Na chegada do presidente venezuelano a Nova York, dezenas de manifestantes protestaram contra Chávez e pediram a sua renúncia. Referendo Líderes da oposição e representantes da Câmara de Comércio da Venezuela também viajaram a Nova York para pedir apoio contra o presidente. Apesar da pressão, Chávez disse que um referendo antes do dia 19 de agosto seria inconstitucional e representaria um golpe de Estado. No entanto, o presidente venezuelano prometeu realizar o pleito quando completar a metade de seu mandato, e cumprir a decisão dos eleitores. "Se houver um referendo em agosto, e se eu perder, deixo o cargo. Não tenho a menor intenção de permanecer na presidência se o povo não me quiser", disse ele. As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui.

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