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ONU aprova resolução contra reconhecimento de Jerusalém pelos EUA

Em sessão da assembleia, 128 países votaram a favor do texto e 9 foram contrários; outros 35 se abstiveram da medida, que tem valor simbólico

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Por Redação
Atualização:

A Assembleia-Geral da ONU aprovou na tarde desta quinta-feira, 21, uma resolução que considera "nula e vazia" a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.  Na sessão, 128 países votaram a favor do texto e 9 foram contrários. Outros 35 se abstiveram. A resolução tem valor simbólico.

"Os Estados Unidos vão se lembrar deste dia, em que foram repudiados nesta assembleia pelo simples ato de exercer seu direito como uma nação soberana", declarou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley. "Nos lembraremos disso quando formos chamados novamente para fazer a mais alta contribuição do mundo à ONU. E nos lembraremos disso quando muitos países vierem a nós pedir que paguemos ainda mais e usemos nossa influência em seu benefício", disse.

Haley afirmou que a Embaixada dos EUA em Israel será transferida de Tel-Aviv para Jerusalém apesar da resolução. “Nenhuma votação mas Nações Unidas fará nenhuma diferença sobre isso. Mas essa votação fará a diferença sobre como os americanos consideram a ONU - e sobre como nós consideramos os países que nos desrespeitam na ONU. E essa votação será lembrada”, afirmou. 

O governo Trump afirmou que “nenhuma decisão tinha sido tomada” sobre o corte na ajuda dos EUA aos países que votaram a favor da resolução.

“Israel rejeita completamente esta ridícula resolução”, declarou o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook. Por meio de um comunicado de seu gabinete, porém, o premiê se declarou satisfeito com o número de votos contra a resolução. Além de EUA e Israel, Guatemala, Honduras, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau e Togo votaram contra. 

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“Israel agradece ao presidente Trump por sua incontestável posição a favor de Jerusalém e agradece aos países que votaram ao lado de Israel, ao lado da verdade”, afirmou o comunicado do governo de Netanyahu. 

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, considerou a votação uma “vitória para a Palestina”. “Continuaremos nossos esforços nos fóruns internacionais para encerrar a ocupação (em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia) e estabelecer um Estado palestino com capital em Jerusalém Oriental”, disse o líder palestino por meio de um porta-voz.

“A votação de hoje é uma prova de que o mundo está unido contra a intimidação e o abuso”, tuitou o negociador palestino Saeb Erekat.

Tradicionais aliados dos EUA, como Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Grécia e Japão votaram a favor da resolução - além de Rússia e China. Os países que se abstiveram incluem México, Austrália, Colômbia, Haiti, Polônia e Filipinas. / AP, AFP e EFE

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