ONU: chega a 2.368 o total de mortes violentas no Sudão

Pelo menos 500 pessoas morreram apenas em junho, em ataques ligados ao roubo de gado em Jonglei

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Por AE
Atualização:

JUBA -

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O número de pessoas mortas violentamente este ano no sul do Sudão, região que no sábado se tornará o mais novo país do mundo, chegou a 2.368, informou nesta quinta-feira, 7, a Organização das Nações Unidas (ONU). Deste total, 500 mortes ocorreram apenas no mês passado. Os dados, compilados pela ONU com base em relatórios das autoridades locais e de avaliações da própria entidade, refletem os grandes desafios enfrentados pelo novo país.

 

O aumento expressivo dos números, publicados na semana passada pela ONU, se deve principalmente a ataques ligados ao roubo de gado no turbulento Estado de Jonglei, no sul do país. "As 500 vítimas do condado de Pibor têm ligação com confrontos por causa de roubo de gado entre os Lou Nuer e os Murle no Estado de Jonglei," disse Lise Grande, coordenadora humanitária sênior da ONU no sul do Sudão, referindo-se a dois grupos étnicos rivais da região.

 

Segundo ela, "não se trata de um, mas de uma série de incidentes que começaram por volta das primeiras duas semanas de junho." O Sudão do Sul se prepara para a declaração formal de sua independência no sábado e luta para conter a violência em suas fronteiras.

 

O Conselho de Segurança (CS) da ONU realiza intensivas discussões nesta semana a respeito da resolução que vai autorizar uma nova missão de mantenedores da paz e assegurar sua adoção antes da independência oficial do país.

 

Os diplomatas, que pediram anonimato, disseram que o esboço da resolução deve ser aprovado amanhã pelo Conselho de Segurança. O documento pede uma revisão após três meses e outra depois de seis meses do envio das forças para verificar se o contingente pode ser reduzido para 6 mil homens, disseram os diplomatas.

 

As informações são da Dow Jones e da Associated Press

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