ONU coloca Brasil pela 1a vez em grupo de alto IDH; 70o no mundo

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O Brasil entrou pela primeira vez no grupo dos países de alto desenvolvimento humano, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), informou um relatório divulgado nesta terça-feira O país ficou em 70o lugar na lista, que é liderada pela Islândia, com pontuação 0,800 no índice -- que vai de 0 a 1. A marca de 0,800 é considerada a barreira para o alto desenvolvimento humano. "Ao ingressar no grupo de países de alto desenvolvimento humano, o Brasil marca o início, mesmo que simbólico, de uma nova trajetória e de um novo conjunto de aspirações", disse o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em comunicado no seu site oficial no Brasil. "O olhar deve voltar-se ao desempenho do conjunto de países latino-americanos que têm um desenvolvimento humano superior ao brasileiro, incluindo Argentina, Chile, Uruguai, Costa Rica, Cuba e México. O Brasil possui indicadores de desenvolvimento humano inferiores em quase todas as dimensões." Na América Latina, a Argentina é o país de melhor IDH, na 38a posição do ranking mundial, com nota 0,869. O Chile está em 40o (0,867), o Uruguai em 46o (0,852), Cuba em 51o (0,838) e o México é o 52o (0,829). O Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro aumentou em relação ao ano passado de 0,792 para 0,800, sem levar em consideração as revisões de dados, informou a ONU. No ranking absoluto de 177 nações, entretanto, o país caiu uma posição. O IDH, calculado anualmente pelo Pnud, faz parte do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, apresentado nesta terça-feira em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil foi beneficiado no índice por atualizações feitas para a expectativa de vida em 62 países. A expectativa de vida no Brasil aumentou de 70,8 anos para 71,7, informou o Pnud. "No caso do Brasil pode-se afirmar que a evolução dos indicadores de desenvolvimento humano mostra uma alta consistência entre 1990 a 2005. Durante este período, a expectativa de vida cresceu mais que cinco anos e meio, o PIB per capita cresceu por volta de um sexto e as taxas de alfabetização dos adultos cresceu quase sete pontos percentuais", acrescentou o comunicado. (Texto de Pedro Fonseca)

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