ONU condena violência contra manifestações no mundo islâmico

Comissária de direitos humanos afirma que revoltas na Líbia, no Bahrein e no Iêmem são 'legítimas'

PUBLICIDADE

Atualização:

GENEBRA - A alta comissária de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, condenou nesta sexta-feira, 18, a violência usada pelas forças de segurança na Líbia, no Iêmen e no Bahrein para conter os protestos populares que irromperam nestas nações e os ataques a pessoas não ligadas às manifestações.

 

PUBLICIDADE

Veja também:especial Infográfico: A revolta que abalou o Oriente Médiomais imagens Galeria de fotos: veja imagens dos protestosblog Radar Global: Protestos no mundo islâmico

 

Navi disse que as forças de segurança responderam "de uma maneira ilegal e excessivamente pesada" contra os protestos pacíficos. Em comunicado divulgado por seu gabinete nesta sexta, ela condenou o uso de munição na Líbia, o uso de pistolas elétricas e bastões no Iêmen e o uso de espingardas de nível militar no Bahrein.

 

A comissária ainda criticou os "ataques contra jornalistas, advogados, ativistas de direitos humanos e até médicos que cuidavam dos manifestantes, no caso do Bahrein". "O Oriente médio e o norte da África estão fervendo. Na raiz dessa fúria toda está não só a negação de direitos políticos aos cidadãos, mas também de direitos econômicos, sociais e culturais", disse Navi.

 

"O povo dessas regiões não pode ter essas liberdades negadas. Os pedidos de justiça, respeito às liberdades pessoais e aos direitos humanos, por reformas legais e políticas, são razoáveis e legítimos", concluiu a comissária.

 

Os protestos no mundo islâmico irromperam após as revoltas populares do Egito e da Tunísia, onde ditaduras que duravam décadas foram derrubadas. Além de Líbia, Bahrein e Iêmen, já houve manifestações na Jordânia, na Argélia e nos territórios palestinos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.