NOVA YORK - Um membro da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à comunidade internacional que aumente urgentemente o envio de ajuda para as vítimas das enchentes no Paquistão, criticando a demora dos países em perceberem a gravidade do problema.
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Louis-George Arsenault, diretor de operações de emergências da Unicef em Nova York, classificou a falta de apoio como "extraordinária" para uma crise humanitária que disse ser "a maior em décadas". Suas declarações foram feitas às vésperas da reunião entre representantes do governo do Paquistão e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A ONU diz que já angariou 70% dos US$ 460 milhões pedidos para ajudar o Paquistão. O órgão, porém, segue fazendo mais pedidos e diz que a comunidade internacional precisa tomar mais atitudes para auxiliar as vítimas das enchentes.
Arsenault disse que "um dos maiores desafios que temos, o que é extraordinário, é a falta de ajuda da comunidade internacional". "Agora, o nível de necessidades em termos financeiros é enorme comparado ao que recebemos, mesmo que essa seja, de longe, a maior crise humanitária que vimos em décadas", disse.
Dezenas de milhares de paquistaneses fogem das enchentes. Cerca de 1.600 pessoas morreram e quase 17 milhões foram de alguma forma afetadas, segundo dados da ONU e do governo paquistanês. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que as doenças são a principal ameaça no momento.