ONU declara ilegal projeto de Israel de anexar Cisjordânia

Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet destacou que consequências vão durar anos e pediu que israelenses não sigam 'via perigosa'

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Por Redação
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GENEBRA - A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou a ilegalidade do projeto de Israel para anexação da Cisjordânia. A ex-presidente do Chile destacou que as consequências de uma eventual anexação do território "durarão décadas".

"A anexação é ilegal. Ponto final", afirmou Michelle Bachelet em uma declaração escrita. "Qualquer anexação. De 30% ou de 5% da Cisjordânia".

"Peço com insistência a Israel que escute seus próprios ex-funcionários e generais, assim como várias vozes no mundo, com advertência para não seguir por esta via perigosa", completou.

Imagem aérea mostra assentamento judeu de Maale Adumim, na Cisjordânia. Foto: REUTERS/Ilan Rosenberg

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Bachelet disse que as "ondas expansivas da anexação durarão décadas e serão extremamente prejudiciais para Israel, assim como para os palestinos". Ela afirmou que ainda há tempo para modificar a decisão.

Em 28 de janeiro, o presidente os Estados Unidos, Donald Trump, ao lado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, apresentou seu projeto de resolução para o conflito israelense-palestino, partindo da situação atual e não, como acontecia até então, do direito internacional e das resoluções da ONU.

Este plano prevê a criação de um Estado palestino em um território restrito e fragmentado, assim como a anexação por parte de Israel de várias colônias e do Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada, um território palestino a 50 quilômetros de Gaza./ AFP

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