ONU denuncia que militares do Congo cometem estupros e assassinatos

Segundo órgão, comunidades violadas foram as mesmas que sofreram brutalidades meses atrás

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NOVA YORK- A representante especial da ONU para a violência sexual em guerras, Margot Wallström, denunciou nesta quinta-feira, 14, que as Forças Armadas da República Democrática do Congo cometem abusos e violações dos direitos humanos.

 

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Margot, que compareceu no Conselho de Segurança da ONU, afirmou que as forças de manutenção da paz no país africano (Monusco) "informaram que as Forças Armadas congolesas cometeram estupros" e participaram de assassinatos.

 

A representante especial da ONU qualificou de "inaceitável" e "inimaginável" a atuação das Forças Armadas da RDC, que teriam cometido esses atos nas mesmas comunidades que já sofreram, há alguns meses, a brutalidade de grupos como as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR) e as milícias "Mai-Mai".

 

No início de outubro, a Monusco deteve um dos rebeldes supostamente responsáveis pelo estupro de, pelo menos, 303 civis em uma região oriental do país.

 

Segundo dados da ONU, cerca de 200 guerrilheiros "Mai-Mai" e da FDLR são responsáveis pela violação de centenas de civis ocorrida durante uma ofensiva rebelde contra 13 povoados de Walikale, entre 30 de julho e 2 de agosto.

 

A diplomata pediu ao Governo da RDC que averigue esses novos fatos na região e expressou preocupação de que os civis sejam novamente vítimas desses ataques.

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