ONU denuncia regime Assad crimes de guerra

A declaração foi feita em meio ao rompimento do cessar-fogo que deixou 50 mil pessoas sob forte ataque na segunda maior cidade da Síria

PUBLICIDADE

Por Jamil Chade Correspondente e Genebra
Atualização:

A ONU acusa o governo de Bashar Assad e seus aliados russos de terem cometido “crimes de guerra” em sua recente ofensiva em Alepo, rompendo o acordo de retirada da população. A declaração foi feita em meio ao rompimento do cessar-fogo que deixou 50 mil pessoas sob forte ataque na segunda maior cidade da Síria.

Membro das forças do governo sírio caminha pela cidade de Alepo Foto: AFP PHOTO / George OURFALIAN

PUBLICIDADE

Na terça-feira, russos, turcos e sírios negociaram a trégua. Mas, horas depois, os ataques foram retomados, com ambos os lados acusando-se de serem os responsáveis pelo fracasso do acordo.

“A retomada dos bombardeios pelas forças sírias e aliadas em uma área repleta de civis é uma violação do direito internacional e, provavelmente, constitui crime de guerra”, alertou Zeid al-Hussein, alto-comissário da ONU para Direitos Humanos. Governos europeus e americano passaram usar drones e satélites para fotografar a região e registrar evidências de crimes de guerra. 

Fontes diplomáticas disseram que exigências de Damasco levaram ao fracasso do cessar-fogo. Assad queria garantias de que, se deixasse os civis serem retirados de Alepo, o rebeldes fariam o mesmo com cidades controladas por eles.

Segundo a Comissão de Inquérito para os Crimes na Síria, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, “vários informes de violações cometidas por forças pró-governo continuam a aparecer, incluindo execuções sumárias, prisões arbitrárias e desaparecimentos”. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.